segunda-feira, 20 de abril de 2009

Para ninguém.

Mas afinal, alguém pode me dizer o que somos?
Máquinas perfeitas, mentes complexas. Alguns gênios, outros não, mas todos com algo a ser explorado. E por quê? Para quê? Temos uma razão, deve haver alguma razão para existirmos. Somos uma crianção grandiosa demais pra simplesmente morrer e acabar.
De todos os meus medos, esse é um dos maiores.
Acabar, sem deixar nenhuma marca. Não vencer, apenas viver e morrer. Estou certa de que não nos enviaram até aqui apenas para sobreviver aos desníveis da sociedade mas também para fazer algo mais, pois temos potencial para isso. Não fomos criados para benefício próprio, deve haver algo por trás da nossa existência. A credito que somos criados uns para os outros, numa relação de salvamento mútuo. Não cabe a mim viver apenas a minha vida. Quero mais, quero fazer parte de várias vidas e salvá-las diariamente, assim como quero ser salva sempre que preciso.
Não vejo sentido na vida de quem vive para si só. Somos fortes e fracos, ricos e pobres, pequenos e grandiosos, sempre mais e menos, alguns mais ou menos. Há sempre algo que pode ser feito, não importa como, mas há sempre um ponto que pode ser trocado por uma vírgula. Afinal, olhando para mim, vejo que não sou nada, e que de fato, como disse Álvaro de Campos, nunca serei nada e todos sonhos do mundo que tenho em mim devem servir para alguma coisa.

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!

Tabacaria, Álvaro de Campos.

3 comentários: